Neste mês de dezembro, acontece em todo o Brasil a campanha Dezembro Vermelho, que tem como principal objetivo promover e disseminar a importância da prevenção do vírus HIV e das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como a AIDS. Inspirada no Dia Mundial de Luta contra a AIDS, instituído globalmente no dia 1º de dezembro pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1988, a campanha Dezembro Vermelho busca combater o preconceito e estigmas sobre a AIDS e as outras ISTs, reduzindo as mortes decorrentes das infecções e doenças e também educando a população sobre maneiras de tratamento e prevenção.
Durante todo o mês, são realizadas palestras, mobilizações, encontros, debates e outras ações que buscam sensibilizar a população de todo o Brasil quanto à importância do acesso à informação sobre o HIV e as ISTs, além do acesso aos métodos mais modernos e eficazes de tratamento para soropositivos. Veja a seguir mais sobre o vírus HIV, as principais ISTs e a maneira correta de se prevenir:
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HIV/Aids
A Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, na sigla em inglês), que ataca o sistema imunológico e afeta a capacidade do organismo de se defender de doenças. Porém, muitas pessoas são portadoras do vírus HIV e não chegam a desenvolver a Aids, graças ao tratamento feito com medicamentos antirretrovirais, capazes de proporcionar uma vida plena e saudável para os portadores.
De acordo com o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, existem atualmente mais de 900 mil pessoas convivendo com o vírus HIV no Brasil. Destas, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com medicamentos antirretrovirais e 94% não transmitem o vírus por via sexual por terem atingido carga viral indetectável e intransmissível.
A maior concentração de casos de Aids no Brasil está entre jovens, na faixa etária de 25 a 39 anos, com uma média de 40 mil novos casos de HIV todos os anos no país. A boa notícia é que, com o maior acesso aos tratamentos, o Brasil apresentou uma queda de 29% no coeficiente de mortalidade da Aids entre 2009 e 2019, passando de 5,8 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes.
O vírus do HIV pode ser transmitido das seguintes formas:
Sexo vaginal sem camisinha;
Sexo anal sem camisinha;
Sexo oral sem camisinha;
Uso de seringa por mais de uma pessoa;
Transfusão de sangue contaminado;
Da mãe portadora de HIV para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
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Outras ISTs
Herpes genital: causada pelo vírus herpes simples tipo 2, a herpes genital é caracterizada por bolhas e feridas nas mucosas do pênis e da vagina.
Sífilis: infecção causada pela bactéria Treponema pallidum, com tratamento feito à base de antibióticos. Caso acometa uma gestante, a sífilis pode causar morte fetal.
Cancro mole: causada pela bactéria Haemophilus ducreyi, essa infecção é mais frequente em países tropicais, afetando tanto homens quanto mulheres.
Gonorreia: uma das ISTs mais transmissíveis, também é tratada com uso de antibióticos, sendo originária da bactéria Neisseria gonorrhoeae.
HPV: incurável, o HPV é uma patologia que causa verrugas nas regiões genital e anal, sendo um dos principais fatores causadores de câncer do colo do útero em mulheres.
Hepatite B: assim como o HPV, a hepatite B pode ser evitada com a vacinação, sendo gerada por um vírus que afeta principalmente o fígado.
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Como se prevenir corretamente
Para se prevenir do vírus HIV e de outras ISTs, é importante utilizar preservativos em todas as relações sexuais, inclusive durante o sexo anal e oral. Além disso, é preciso conhecer os tipos de preservativo afim de evitar o uso incorreto, que pode comprometer o sexo seguro para ambos os parceiros(as). Outra maneira importante de se prevenir é manter o calendário de vacinação em dia, já que infecções sexualmente transmissíveis como o HPV e a hepatite B podem ser evitadas por meio de vacinas, ambas oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Os exames preventivos periódicos também são fundamentais: cada IST possui sua peculiaridade, e o diagnóstico tardio pode trazer complicações ainda mais severas para o(a) paciente. Realizar periodicamente os exames preventivos aumenta as chances de tratamento e cura para diversas ISTs, além de diminuir as chances de transmissão das infecções.
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